terça-feira, 16 de outubro de 2012


A Busca

A busca é um objetivo do eu e, não uma suposição do Ser.
A busca é a procura daquilo que não pode ser encontrado, pois como quereis encontrar o que perdido nunca foi?

No encontro a busca é interrompida e, então aquilo que de encontro não necessita, no Ser repousa e, do eu se esconde.

Porque buscai e, porque vos sentís incompleto por não encontrar, estais predestinado a sempre e, sempre procurar.

Como almejais compreender com as perspectivas do eu, o que à dimensão do eu não pertence?

Atentai as falácias do eu!

Então como podeis compreender, ou seja, apreender com, algo que definitivamente pela busca não alcançais?

Se sequer o alcançais, como pretendeis apreendê-lo?

O que estais a buscar então?

A busca, a procura, o encontro e a compreensão são a verdadeira encruzilhada do eu.

Acreditais pois, que para compreender necessitais procurar, assim como também acreditais, que para encontrar necessitais buscar.

Aquilo que é Espírito e, que equivocadamente alguns qualificam como Santo, (como se possível fôsse, Ele profano Ser) reveste de necessidades os caminhos da busca.

E esses são os caminhos do eu, visto que nas necessidades ele conhece os estímulos que movimentam e mobilizam sua procura.

Acreditais por acaso, que a energia acolhida em uma dispensação do Espírito, necessita da interveniência do eu?

Lembrai, lembrai a quem pertencem a necessidade e a saciedade.

E o que é uma dispensação senão uma intervenção?

Intervenção é intercâmbio, é inter-relação intencional e inteligente, é criação.

Intenção e criação, ontológica identidade vibracional de, e do Ser, criação trocada, inter-relacionada, compartilhada.

Estendem-se os horizontes e ampliam-se os eventos mediante as perspectivas de e, do Ser, mediante a compreensão e a aquisição de Sí.

Aquisição de Sí, Consciência em Sí!

E estreitam-se os horizontes e restringem-se o eventos mediante as imposições do eu.

O maior não pode ser contido no menor e, embora o menor do maior participe, a ele, o menor, não cabem o encontro, portanto o inter-relacionamento, não cabem a compreensão, portanto a criação, a oportunidade, a intenção de Ser.

Ao menor cabem a busca e a procura, cabem a esperança e a fé, a necessidade e as adversidades.

Qual é o imperativo vibracional da busca, senão a insaciedade, a necessidade e a adversidade?

Então estais disposto a vos desapegar das buscas, de todas elas, das vossas e das que não são vossas. Pois que, dessas também vos ocupais quando das vossas próprias não “dais conta”, ou não encontrais para elas solução e compreensão?

Lis Maria Camargo
16-10-2012