A Busca
A busca é um objetivo do eu
e, não uma suposição do Ser.
A busca é a procura daquilo que não pode ser
encontrado, pois como quereis encontrar o que perdido nunca foi?
No encontro a busca é interrompida e, então
aquilo que de encontro não necessita, no Ser repousa e, do eu se esconde.
Porque buscai e, porque vos sentís incompleto
por não encontrar, estais predestinado a sempre e, sempre procurar.
Como almejais compreender com as perspectivas
do eu, o que à dimensão do eu não pertence?
Atentai as falácias do eu!
Então como podeis compreender, ou seja,
apreender com, algo que definitivamente pela busca não alcançais?
Se sequer o alcançais, como pretendeis
apreendê-lo?
O que estais a buscar então?
A busca, a procura, o encontro e a
compreensão são a verdadeira encruzilhada do eu.
Acreditais pois, que para compreender
necessitais procurar, assim como também acreditais, que para encontrar
necessitais buscar.
Aquilo que é Espírito e, que equivocadamente
alguns qualificam como Santo, (como se possível fôsse, Ele profano Ser) reveste
de necessidades os caminhos da busca.
E esses são os caminhos do eu, visto que nas
necessidades ele conhece os estímulos que movimentam e mobilizam sua procura.
Acreditais por acaso, que a energia acolhida
em uma dispensação do Espírito, necessita da interveniência do eu?
Lembrai, lembrai a quem pertencem a
necessidade e a saciedade.
E o que é uma dispensação senão uma
intervenção?
Intervenção é intercâmbio, é inter-relação
intencional e inteligente, é criação.
Intenção e criação, ontológica identidade
vibracional de, e do Ser, criação trocada, inter-relacionada, compartilhada.
Estendem-se os horizontes e ampliam-se os
eventos mediante as perspectivas de e, do Ser, mediante a compreensão e a
aquisição de Sí.
Aquisição de Sí, Consciência em Sí!
E estreitam-se os horizontes e restringem-se
o eventos mediante as imposições do eu.
O maior não pode ser contido no menor e,
embora o menor do maior participe, a ele, o menor, não cabem o encontro,
portanto o inter-relacionamento, não cabem a compreensão, portanto a criação, a
oportunidade, a intenção de Ser.
Ao menor cabem a busca e a procura, cabem a
esperança e a fé, a necessidade e as adversidades.
Qual é o imperativo vibracional da busca,
senão a insaciedade, a necessidade e a adversidade?
Então estais disposto a vos desapegar das
buscas, de todas elas, das vossas e das que não são vossas. Pois que, dessas
também vos ocupais quando das vossas próprias não “dais conta”, ou não
encontrais para elas solução e compreensão?
Lis Maria Camargo
16-10-2012