Penso...
Que os incentivos cósmicos
são de tal ordem e monta no sentido de nos impulsionar a vencermos as barreiras
que toldam a percepção da nossa real identidade universal, que as inteligencias
designadas à frear esse impulso, necessitam mobilizar com suas intenções forças
muito refratárias que estão a distorcer e, obscurecer a realidade existencial
desse mundo no qual vivemos.
Que essa distorção chega ao
ponto de inverter a significação existencial plasmada pelas nossas mentes, nos
levando a crer na possibilidade de apreender e controlar habilidades imateriais,
que em verdade não se submetem absolutamente ao anseio e a vontade intelecto
racional.
Que nessa referida inversão,
recebem acolhida todos aqueles métodos propostos como eficazes condutos de acesso
a outras ordens de realidades, tidas como naturalmente inacessíveis, pelas
distorções de nossas obscurecidas forças mentais.
Que a avidez racional com a
qual abraçamos aqueles métodos que se propõe à condução ao imaterial, promovem equívocos
capazes de nos fazer confundir os legítimos anseios de superação das
cristalizadas posturas mentais, a nos aprisionar em um mundo hostil.
Que com esses equívocos
transformamos os meios em fim e, assim nos esquecemos da legitimidade e da
realidade daqueles anseios como instrumentos de condução das superações, que a
evolução da expansão da Consciência nos oferece.
Que a avidez racional que
nos permite crer que aquelas habilidades imateriais que almejamos possam ser
apreendidas e compradas em acordo e sintonia com os apetites intelectuais e/ou
com os recursos financeiros que modulam as perpspectivas de oferta e procura do
mundo material, seja a “cartada” final da intenção daquelas inteligências que
barganham com a alma humana, que absolutamente não lhes pertence.
Que é chegada a hora de a
razão humana exercer as prerrogativas que lhe cabem como recurso de
diferenciação e individuação da pessoalidade, é chegada a hora de voltarmos a
lente do intelecto em direção à nossa própria interioridade, única autoridade
capaz de defenir o que queremos e, de nos conduzir ao conhecimento de quem
somos.
Que métodos são apenas
métodos, artifícios externos à alma que, podem nos aproximar e/ou nos afastar
da essência que com nossa interioridade almejamos nos identificar.
Que as características
individuais da pessoa de cada um é justamente o con-curso que lhe cabe, como
indicador dos caminhos a seguir, dos métodos que necessita conhecer, para que as
habilidades imateriais que almeja experimentar, em seu mundo possam se
precipitar.
Que é chegada a hora das promessas
vãs de nós se distanciar, da armadilha de acreditarmos que essa ordem imaterial
de anseios espirituais, com recursos e estratégias materiais podemos
conquistar. E que com as habilidades do espírito podemos barganhar, vendendo e
ou comprando a que preço e a que moeda for, dinheiro, títulos, associações.
Que existe uma ordem de
realidade que, embora à pessoalidade possa se mostrar, independe de nosso
querer e de nossa vontade pessoal.
Que os incentivos cósmicos
são para que esses engôdos de nós possam se distanciar e, para que possamos
aprender à essas ordens de realidades diferenciar, devemos atentar a quem cabe
desses equívocos nos alertar.
Que com certeza não será a
força coerciva do dinheiro, do poder, do controle do alheio que virá esses
incentivos nos anunciar.
Que pois só essa
interioridade própria das percepções e ações do espírito, das perpspectivas
hostís desse mundo alcancemos nos libertar.
Que atentar ao mundo do qual
a alma tenta nos distanciar e, que atentar ao
mundo do qual a alma tenta nos aproximar, possa ser a chave a nos
liberar dessa tão falada inversão de
valores, inversão de sentido e inversão de propósitos, intencionalmente
direcionadas à mente dos homens e no
mundo a tudo mobilizar.
Que a identidade universal
da qual a intenção cósmica quer nos conscientizar é uma força muito poderosa, e
o jugo de nossas terrenas ambições a ela não pode barrar!
Lis Maria Camargo.
23-05-14