29-08-17
6:40 hs
A
humanidade está a promover mudanças em sua visão de mundo, de
existência, de relação, de percepção e criação da realidade na
qual são inseridas suas perspectivas de vida.
Dentre
essas mudanças, as concepções referentes as realidades subjetivas
da existência humana, coroam a revolução das Consciências que
nesse planeta ancoram suas experiências.
Experimentamos
agora níveis de compreensão aonde concepções religiosas,
doutrinárias e dogmáticas, por um lado perdem sua força ditatorial
e aprisionadora e por outro tornam-se mais tiranas e inflexíveis.
Energias
cósmicas siderais separam-se em forças opostas que se repelem no
concurso de tudo aquilo e, de todos que não conseguem tornar mais
completa e perfeita a realidade.
Alguns
homens hoje mais do que nunca, questionam as posturas que
culturalmente foram moldando a maneira de conceber e de relacionar-se
com os aspectos subjetivos da existência humana planetária.
Alguns
homens hoje mais do que nunca, entregam-se a posturas sectárias e
dogmáticas que moldam a maneira de conceber e de relacionar-se com
os aspectos subjetivos da existência humana planetária.
A
conceituação e identificação da Deidade construiu desde os
primórdios da evolução humana no planeta, sistemas de crenças nas
quais o homem encontrou as concepções que evolutivamente lhes eram
ascessíveis, dentro de níveis de compreensão capazes de
satisfazer seus impulsos cognitivos, sempre em movimento e mudanças,
no rumo e na direção das imposições próprias dos princípios
evolutivos da vida cósmica.
As
religiões sempre foram uma tentativa de traduzir esses sistemas de
crenças nos quais os homens, ancoram suas concepções e
compreensões a respeito da subjetividade existencial do Ser.
E
o conjunto de idéias, comportamentos, símbolos e práticas sociais
decorrentes das concepções e compreensões do viver determinam o
que conhecemos como cultura.
É
portanto, a cultura, o exercício da expressão prática das
concepções a definerem as vivências que constituem a realidade
percebida e experimentada.
A
cultura estrutura as experiências e nessa estruturação tende a
envolver as concepções, de maneira a enquadrá-las dentro dos
sistemas de crenças e ideias vigentes.
Nessa
perspectiva a cultura ocidental nos conduz a interpretar a realidade
subjetiva da existência, de acordo com parâmetros estabelecidos
pela concepção de uma Deidade, formatada pelas ideias,
comportamentos, símbolos e práticas sóciais estabelecidos pela
concepção existencial das religiões judaico-cristãs.
Nessa
concepção a Deidade apresenta-Se com características
antropomórficas tal qual as que costumam determinar as escolhas e as
atitudes frente aos desafios da vida humana planetária.
Ao
serem questionadas essas concepções, podem por determinada
percepção perder a força sectária da Deidade antropomórfica, a
cerca da perspectiva subjetiva da condição anímica humana, e podem
por diferente percepção, aproximarem-se como nunca antes o fizeram,
da Deidade conceitualmente oferecida, pela representação avatárica
de Jesus de Nazaré.
A
Deidade representada pela figura de um Pai amoroso, compreensível e
magnânimo, parece que somente agora, principia a sensibilizar o
psiquismo de um maior número de Consciências que experimentam a
realidade existencial, na perspectiva ocidental da cultura humana.
Quantas
doutrinas e filosofias, quantas crenças foram até aqui calcadas na
concepção de uma Deidade julgadora e punidora e, o que essa
concepção promoveu de crescimento, de evolução e de expansão de
Cosnciência para a criatura humana terrena, é um questionamento que
não pode mais ser calado.
Mesmo
no trânsito de conceitos e significados culturais que escapam dessa
concepção, promovido pelo intercâmbio de informação na atual
realidade planetária, as posturas sectárias e ditatoriais dessa
Deidade punidora, encontram espaços para imprimir suas marcas de
controle e poder sobre a manipulada mentalidade da condição humana
planetária.
Prtincípios
e Leis concebidos em outras culturas que não a acidental, ao
migrarem para nossa realidade são contaminadas por essas posturas.
A
Lei do Karma como exemplo, em muito tem contribuído com os equívocos
promovidos por essa contaminação, como instrumento de coerção, de
ameaça, de punição.
Toda
proposta avatárica, tem como finalidade imprimir novos paradigmas no
psiquismo da mentalidade humana a serem assimilados e, compreendidos
no decorrer de propósitos evolutivos a serem alcançados.
E
a proposta de Jesus de Nazaré não escapou a essa finalidade. Sua
proposta dignifica o homem, em cuja condição de autonomia
espiritual residem os processos de compreensão e interação com a
Deidade, a partir das ideias, dos comportamentos, dos símbolos e das
práticas sociais que regem a realidade existencial da evolução
humana.
Jesus
de Nazaré veio propor que o homem por sua livre iniciativa (livre
arbítrio) estabelecesse relação e contato com a Deidade, sem
temor, sem receios, sem culpa e sem intermediação de qualquer poder
ou de qualquer autoridade imposta de fora do Ser em Sí.
No
silêncio e na intimidade de Sí Mesmo, sem alarde, sem ritos, na
franqueza de sentimentos, na concepção de pensamentos, pode o homem
na identificação com sua própria Divindade interna estabelecer
relação com as Divindades externas e com a Deidade em novos padrões
de compreensão de realidades, que o colocam a salvo da tiranica
sede de controle e poder sobre o “outro”, vigente na realidade
existencial da vida planetária.
Essa
proposta avatárica inserida por Jesus de Nazaré na perspectiva da
vida anímica da criatura humana terrena, foi lançada na Consciência
da humanidade como uma habilidade latente de sua condição, a
conferir a toda criatura pensante a ciência de sua dignidade e
merecimento.
Essa
habilidade de interagir sem intermediários e interferências
externas, com a Divindade e com a Deidade foi proposta como uma
postura de vida a ser manifestada e conquistada gradualmente, à
medida em que a Consciência liberta, se expande em percepções e
concepções mais amplas, menos sectárias, menos divididas, mais
universais.
Atraves
dessa conquista pode o homem alçar compreensões acerca da realidade
interna do Ser em Sí, da infinita diversidade de manifestações que
essa condição divina expressa na realidade cósmica universal.
Através
dessa conquista e compreensão pode a criatura humana estabelecer
outros valores de vida e existência, intuir a respeito de outras
realidades planetárias que colorem as dimensões físicas e
materiais da existência cósmica.
Pode
compreender que todos os instrumentos anímicos do Ser, tais como
idéias, crenças, comportamentos, doutrinas, filosófias, práticas
rituais religiosas e sociais, são argumentos psíquicos a fim de
impulsionar a Consciência humana enquanto ancorada na matéria, a
estados cognitivos vibracionais em maior sintonia com dimensões
existenciais mais harmônicas e divinas.
A
adequação, a pertinência e a eficiência de cada um desses
instrumentos requer uma avaliação e apropriação de ordem
extritamente pessoal, em sintonia com o nível de evolução do
Espírito em encarnação.
Por
esse motivo advogar maior eficiência, maior ciência, maior
pertinência dessa ou daquela doutrina, dessa ou daquela filosófia,
desse ou daquele rito, religioso ou social, como maneira de controlar
e ou de se emiscuir na intimidade espiritual, no santuário pessoal
de cada um é, prática arbitrária e impruducente.
E
ficam os homens que controlam as religiões e as doutrinas vigiando e
discutindo regras mais eficazes para implementar esse controle.
Aprisionam
as mentes imaturas, ainda crentes na licitude desse controle e
domínio, com suas perspectivas de pureza doutrinária, coerência
científica, acuidade racional e tantas denominações, quantas lhes
provier a sede de poder sobre o “outro”.
Esquecem
que na Unicidade do Ser em Sí, aquele que aprisiona, também é
aprisionado e assim como também aquele que libera é liberado!
O
que podemos pensar de um mundo ou de uma realidade existencial na
qual a proposta simples e clara de não fazer ao outro aquilo que
consigo próprio não gostaria que fosse feito, ou de fazer ao outro
aquilo que gostaria que consigo prório fosse feito, representasse a
regra de ouro para o convívio social e para o progresso pessoal?
O
respeito às peculiares próprias da expressão da universalidade e
da diversidade do divino, com essa simples regra posta em prática em
seus maios variados graus de proeficiência nesse mundo em questão,
representária a possibilidade da verdadeira compreensão a respeito
de conceitos como livre arbítrio, fraternidade, igualdade.
Como
seria a ação kármica em um mundo como esse? Posto que karma não é
definitivamente instrumento de coerção ou intimidação da
dignidade da expressão humana, e sim uma lei que se submete a
Vontade Soberana dessa dignidade.
De
quanto mais regras, de quanto mais instrumento de punição e coerção
se apropria uma sociedade, mais ameaçada e mais vulnerável ela se
torna.
Somente
na medida e na expressão de nosso relacionamento com a realidade
subjetiva de nosso Ser, de nossa intimidade e interioridade nos
aproximamos da relação, da concepção e da percepção da Deidade.
Frases
proferidas pela proposta avatárica de Seres como Jesus de Nazaré,
como: Deus é nosso Pai que está no Céu. Ele vela por nós e nos
incentiva à mudança interior, de tal forma que possamos um dia
conviver com Ele em perfeita harmonia!
Somente
frases livres de ameaças, punições e premiações, cabem dentro da
coerente convocação evolutiva que os tempos chegados anunciam à
humanidade!
Essa
mudança interior é o escopo de toda a transformação em nossa
visão de mundo, da transformação de nossa existência, da
transformação em nossas relações, da transformação em, nossa
percepção e em nosso poder de criação da realidade que estamos a
experimentar e manifestar!
Lis
Maria Camargo
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