quarta-feira, 30 de agosto de 2017

29-08-17

6:40 hs


A humanidade está a promover mudanças em sua visão de mundo, de existência, de relação, de percepção e criação da realidade na qual são inseridas suas perspectivas de vida.

Dentre essas mudanças, as concepções referentes as realidades subjetivas da existência humana, coroam a revolução das Consciências que nesse planeta ancoram suas experiências.

Experimentamos agora níveis de compreensão aonde concepções religiosas, doutrinárias e dogmáticas, por um lado perdem sua força ditatorial e aprisionadora e por outro tornam-se mais tiranas e inflexíveis.

Energias cósmicas siderais separam-se em forças opostas que se repelem no concurso de tudo aquilo e, de todos que não conseguem tornar mais completa e perfeita a realidade.

Alguns homens hoje mais do que nunca, questionam as posturas que culturalmente foram moldando a maneira de conceber e de relacionar-se com os aspectos subjetivos da existência humana planetária.

Alguns homens hoje mais do que nunca, entregam-se a posturas sectárias e dogmáticas que moldam a maneira de conceber e de relacionar-se com os aspectos subjetivos da existência humana planetária.

A conceituação e identificação da Deidade construiu desde os primórdios da evolução humana no planeta, sistemas de crenças nas quais o homem encontrou as concepções que evolutivamente lhes eram ascessíveis, dentro de níveis de compreensão capazes de satisfazer seus impulsos cognitivos, sempre em movimento e mudanças, no rumo e na direção das imposições próprias dos princípios evolutivos da vida cósmica.

As religiões sempre foram uma tentativa de traduzir esses sistemas de crenças nos quais os homens, ancoram suas concepções e compreensões a respeito da subjetividade existencial do Ser.

E o conjunto de idéias, comportamentos, símbolos e práticas sociais decorrentes das concepções e compreensões do viver determinam o que conhecemos como cultura.

É portanto, a cultura, o exercício da expressão prática das concepções a definerem as vivências que constituem a realidade percebida e experimentada.

A cultura estrutura as experiências e nessa estruturação tende a envolver as concepções, de maneira a enquadrá-las dentro dos sistemas de crenças e ideias vigentes.

Nessa perspectiva a cultura ocidental nos conduz a interpretar a realidade subjetiva da existência, de acordo com parâmetros estabelecidos pela concepção de uma Deidade, formatada pelas ideias, comportamentos, símbolos e práticas sóciais estabelecidos pela concepção existencial das religiões judaico-cristãs.
Nessa concepção a Deidade apresenta-Se com características antropomórficas tal qual as que costumam determinar as escolhas e as atitudes frente aos desafios da vida humana planetária.

Ao serem questionadas essas concepções, podem por determinada percepção perder a força sectária da Deidade antropomórfica, a cerca da perspectiva subjetiva da condição anímica humana, e podem por diferente percepção, aproximarem-se como nunca antes o fizeram, da Deidade conceitualmente oferecida, pela representação avatárica de Jesus de Nazaré.

A Deidade representada pela figura de um Pai amoroso, compreensível e magnânimo, parece que somente agora, principia a sensibilizar o psiquismo de um maior número de Consciências que experimentam a realidade existencial, na perspectiva ocidental da cultura humana.

Quantas doutrinas e filosofias, quantas crenças foram até aqui calcadas na concepção de uma Deidade julgadora e punidora e, o que essa concepção promoveu de crescimento, de evolução e de expansão de Cosnciência para a criatura humana terrena, é um questionamento que não pode mais ser calado.

Mesmo no trânsito de conceitos e significados culturais que escapam dessa concepção, promovido pelo intercâmbio de informação na atual realidade planetária, as posturas sectárias e ditatoriais dessa Deidade punidora, encontram espaços para imprimir suas marcas de controle e poder sobre a manipulada mentalidade da condição humana planetária.

Prtincípios e Leis concebidos em outras culturas que não a acidental, ao migrarem para nossa realidade são contaminadas por essas posturas.

A Lei do Karma como exemplo, em muito tem contribuído com os equívocos promovidos por essa contaminação, como instrumento de coerção, de ameaça, de punição.

Toda proposta avatárica, tem como finalidade imprimir novos paradigmas no psiquismo da mentalidade humana a serem assimilados e, compreendidos no decorrer de propósitos evolutivos a serem alcançados.

E a proposta de Jesus de Nazaré não escapou a essa finalidade. Sua proposta dignifica o homem, em cuja condição de autonomia espiritual residem os processos de compreensão e interação com a Deidade, a partir das ideias, dos comportamentos, dos símbolos e das práticas sociais que regem a realidade existencial da evolução humana.

Jesus de Nazaré veio propor que o homem por sua livre iniciativa (livre arbítrio) estabelecesse relação e contato com a Deidade, sem temor, sem receios, sem culpa e sem intermediação de qualquer poder ou de qualquer autoridade imposta de fora do Ser em Sí.

No silêncio e na intimidade de Sí Mesmo, sem alarde, sem ritos, na franqueza de sentimentos, na concepção de pensamentos, pode o homem na identificação com sua própria Divindade interna estabelecer relação com as Divindades externas e com a Deidade em novos padrões de compreensão de realidades, que o colocam a salvo da tiranica sede de controle e poder sobre o “outro”, vigente na realidade existencial da vida planetária.
Essa proposta avatárica inserida por Jesus de Nazaré na perspectiva da vida anímica da criatura humana terrena, foi lançada na Consciência da humanidade como uma habilidade latente de sua condição, a conferir a toda criatura pensante a ciência de sua dignidade e merecimento.

Essa habilidade de interagir sem intermediários e interferências externas, com a Divindade e com a Deidade foi proposta como uma postura de vida a ser manifestada e conquistada gradualmente, à medida em que a Consciência liberta, se expande em percepções e concepções mais amplas, menos sectárias, menos divididas, mais universais.

Atraves dessa conquista pode o homem alçar compreensões acerca da realidade interna do Ser em Sí, da infinita diversidade de manifestações que essa condição divina expressa na realidade cósmica universal.

Através dessa conquista e compreensão pode a criatura humana estabelecer outros valores de vida e existência, intuir a respeito de outras realidades planetárias que colorem as dimensões físicas e materiais da existência cósmica.

Pode compreender que todos os instrumentos anímicos do Ser, tais como idéias, crenças, comportamentos, doutrinas, filosófias, práticas rituais religiosas e sociais, são argumentos psíquicos a fim de impulsionar a Consciência humana enquanto ancorada na matéria, a estados cognitivos vibracionais em maior sintonia com dimensões existenciais mais harmônicas e divinas.

A adequação, a pertinência e a eficiência de cada um desses instrumentos requer uma avaliação e apropriação de ordem extritamente pessoal, em sintonia com o nível de evolução do Espírito em encarnação.

Por esse motivo advogar maior eficiência, maior ciência, maior pertinência dessa ou daquela doutrina, dessa ou daquela filosófia, desse ou daquele rito, religioso ou social, como maneira de controlar e ou de se emiscuir na intimidade espiritual, no santuário pessoal de cada um é, prática arbitrária e impruducente.

E ficam os homens que controlam as religiões e as doutrinas vigiando e discutindo regras mais eficazes para implementar esse controle.

Aprisionam as mentes imaturas, ainda crentes na licitude desse controle e domínio, com suas perspectivas de pureza doutrinária, coerência científica, acuidade racional e tantas denominações, quantas lhes provier a sede de poder sobre o “outro”.

Esquecem que na Unicidade do Ser em Sí, aquele que aprisiona, também é aprisionado e assim como também aquele que libera é liberado!

O que podemos pensar de um mundo ou de uma realidade existencial na qual a proposta simples e clara de não fazer ao outro aquilo que consigo próprio não gostaria que fosse feito, ou de fazer ao outro aquilo que gostaria que consigo prório fosse feito, representasse a regra de ouro para o convívio social e para o progresso pessoal?

O respeito às peculiares próprias da expressão da universalidade e da diversidade do divino, com essa simples regra posta em prática em seus maios variados graus de proeficiência nesse mundo em questão, representária a possibilidade da verdadeira compreensão a respeito de conceitos como livre arbítrio, fraternidade, igualdade.

Como seria a ação kármica em um mundo como esse? Posto que karma não é definitivamente instrumento de coerção ou intimidação da dignidade da expressão humana, e sim uma lei que se submete a Vontade Soberana dessa dignidade.

De quanto mais regras, de quanto mais instrumento de punição e coerção se apropria uma sociedade, mais ameaçada e mais vulnerável ela se torna.

Somente na medida e na expressão de nosso relacionamento com a realidade subjetiva de nosso Ser, de nossa intimidade e interioridade nos aproximamos da relação, da concepção e da percepção da Deidade.

Frases proferidas pela proposta avatárica de Seres como Jesus de Nazaré, como: Deus é nosso Pai que está no Céu. Ele vela por nós e nos incentiva à mudança interior, de tal forma que possamos um dia conviver com Ele em perfeita harmonia!

Somente frases livres de ameaças, punições e premiações, cabem dentro da coerente convocação evolutiva que os tempos chegados anunciam à humanidade!

Essa mudança interior é o escopo de toda a transformação em nossa visão de mundo, da transformação de nossa existência, da transformação em nossas relações, da transformação em, nossa percepção e em nosso poder de criação da realidade que estamos a experimentar e manifestar!


Lis Maria Camargo

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