sábado, 7 de novembro de 2015


Consciência



O impalpável é tudo aquilo que não encontra amparo existencial nas estruturas sensoriais de vosso equipamento físico corporal.



O imponderável é tudo aquilo que não encontra amparo existencial nas estruturas extra-sensoriais de vosso equipamento psíquico mental.



Diante dessas perspectivas sensorial e mentalmente factíveis e contextuais abrem-se um leque de possibilidades, de impressões e intelecções que escapam do comodismo racional que aprisiona vossa mentalidade humana temporal.



Nesse prisioneiro contexto existencial, cabe e acomoda-se plena e confortávelmente a concepção da consciência corpórea-física e treidimensional.



E tereis de convir que, embora estejais a partir dessa consciência corpóres-física em direção a outros degraus de consciência e percepção de sí, ao escapardes de algumas determinações tridimensionais, vosso parâmetro de consciência deixa de acomodar-se a certas e consagradas concepções e, transborda a outras instâncias de ser, nas quais outras perspectivas passam obrigadoriamente a serem admitidas como factíveis e reais.



Essas outras perspectivas de início rompem com as amarras de tempo e espaço a que se sujeitam vossa fisicalidade e, como é então inteligir por sobre a rede estrutural neural desse aparato físico cerebral?



Claro que em outros processos de conciência, a intelecção, percepção e compreensão não mais necessariamente encontram os termos de comparação e associação de conteúdos mentais já estabelecidos, a oferecer parâmetros de compreensão e significado.



Nas relações interdimensionais entre individualidades conscienciais, muitas das perspectivas e características de interação e troca decididamente não se encaixam nas perspectivas e características das relações unidimencionais.



Só o fato dessas relações interdimensionais escaparam dos rigores tridimensionais de tempo e espaço, já as descaracterizam das muitas concepções relacionais concebidas e esperadas.



O que falar de quando uma realidade conceitual pretende imprimir leis e normas específicas a situações relacionais que fogem as regras de percepção e inteleccão usuais?



A prudência racional convoca no mínimo atenção e observação redobrada nas possibilidades de novas concepções, dentro da perspectivas da ação de outras regras e, da vigência de outras leis cósmicas em expressão.



Realidades dimensionais superiores às tridimensionais em possibilidades e habilidades da consciência, passam a ditar as regras nesses relacionamentos interdimensionais, pois que, conceitualmente o maior sempre abrange e acolhe o menor, que por sua vez, cabe adaptar-se às novas circunstâncias de percepção e intelecção.



Como então muitos humanos pretendem validar suas concepções, quando fazem exatamente ao contrário, querendo com seus específicos postulados, impor à conciências individuais de realidades existencias muio mais amplas do que as da terceira dimensão, as regras hierárquicas, conceituais e intelectuais específicas de suas respectivas determinações mentalmente tridimensionais?



Se até aqui foi possível muitas dessas imposições puerís, que serviram de tentativas no restabelecimento de parâmetros relacionais universais, de hora em diante, essas perspectivas caem literalmente por terra e, a exigência de um afrouxamento dos argumentos racionalmente consagrados impõe-se como condição indispensável às novas condições existenciais de ser humano terreno.



Claro que dentro das perspectivas existencias temporais de evolução e expansão da Conciência, essa cambiável realidade é perfeitamente coerente e apropriada. Posto que assim foi, cosmicamente programada a gradual tomada de posse perceptual do ser, dentro da perspectiva existencial de ter.



E ao caírem por terra antigas concepções relacionais, nasce conjuntamente um novo homem terreno, com um corpo mental mais expandido e flexível, onde outros aparatos perceptuais dimensionalmente disponíveis entram a compor a manifestação e a expressão de novas regras e leis cósmicas universais em vigor e dispor.



Assim o impalpável e o imponderável ganham novos contornos na tecidura temporal da perspectiva da criatura humana terrena e, estabelecem também novas fronteiras na tecitura espacial de sua respectiva possibilidade e habilidade de existir, nesse estado de Consciência relacional.



Vill 07-11-2015