Consciência
O
impalpável é tudo aquilo que não encontra amparo existencial nas
estruturas sensoriais de vosso equipamento físico corporal.
O
imponderável é tudo aquilo que não encontra amparo existencial nas
estruturas extra-sensoriais de vosso equipamento psíquico mental.
Diante
dessas perspectivas sensorial e mentalmente factíveis e contextuais
abrem-se um leque de possibilidades, de impressões e intelecções
que escapam do comodismo racional que aprisiona vossa mentalidade
humana temporal.
Nesse
prisioneiro contexto existencial, cabe e acomoda-se plena e
confortávelmente a concepção da consciência corpórea-física e
treidimensional.
E tereis
de convir que, embora estejais a partir dessa consciência
corpóres-física em direção a outros degraus de consciência e
percepção de sí, ao escapardes de algumas determinações
tridimensionais, vosso parâmetro de consciência deixa de
acomodar-se a certas e consagradas concepções e, transborda a
outras instâncias de ser, nas quais outras perspectivas passam
obrigadoriamente a serem admitidas como factíveis e reais.
Essas
outras perspectivas de início rompem com as amarras de tempo e
espaço a que se sujeitam vossa fisicalidade e, como é então
inteligir por sobre a rede estrutural neural desse aparato físico
cerebral?
Claro que
em outros processos de conciência, a intelecção, percepção e
compreensão não mais necessariamente encontram os termos de
comparação e associação de conteúdos mentais já estabelecidos,
a oferecer parâmetros de compreensão e significado.
Nas
relações interdimensionais entre individualidades conscienciais,
muitas das perspectivas e características de interação e troca
decididamente não se encaixam nas perspectivas e características
das relações unidimencionais.
Só o
fato dessas relações interdimensionais escaparam dos rigores
tridimensionais de tempo e espaço, já as descaracterizam das muitas
concepções relacionais concebidas e esperadas.
O que
falar de quando uma realidade conceitual pretende imprimir leis e
normas específicas a situações relacionais que fogem as regras de
percepção e inteleccão usuais?
A
prudência racional convoca no mínimo atenção e observação
redobrada nas possibilidades de novas concepções, dentro da
perspectivas da ação de outras regras e, da vigência de outras
leis cósmicas em expressão.
Realidades
dimensionais superiores às tridimensionais em possibilidades e
habilidades da consciência, passam a ditar as regras nesses
relacionamentos interdimensionais, pois que, conceitualmente o maior
sempre abrange e acolhe o menor, que por sua vez, cabe adaptar-se às
novas circunstâncias de percepção e intelecção.
Como
então muitos humanos pretendem validar suas concepções, quando
fazem exatamente ao contrário, querendo com seus específicos
postulados, impor à conciências individuais de realidades
existencias muio mais amplas do que as da terceira dimensão, as
regras hierárquicas, conceituais e intelectuais específicas de
suas respectivas determinações mentalmente tridimensionais?
Se até
aqui foi possível muitas dessas imposições puerís, que serviram
de tentativas no restabelecimento de parâmetros relacionais
universais, de hora em diante, essas perspectivas caem literalmente
por terra e, a exigência de um afrouxamento dos argumentos
racionalmente consagrados impõe-se como condição indispensável às
novas condições existenciais de ser humano terreno.
Claro que
dentro das perspectivas existencias temporais de evolução e
expansão da Conciência, essa cambiável realidade é perfeitamente
coerente e apropriada. Posto que assim foi, cosmicamente programada a
gradual tomada de posse perceptual do ser, dentro da perspectiva
existencial de ter.
E ao
caírem por terra antigas concepções relacionais, nasce
conjuntamente um novo homem terreno, com um corpo mental mais
expandido e flexível, onde outros aparatos perceptuais
dimensionalmente disponíveis entram a compor a manifestação e a
expressão de novas regras e leis cósmicas universais em vigor e
dispor.
Assim o
impalpável e o imponderável ganham novos contornos na tecidura
temporal da perspectiva da criatura humana terrena e, estabelecem
também novas fronteiras na tecitura espacial de sua respectiva
possibilidade e habilidade de existir, nesse estado de Consciência
relacional.
Vill
07-11-2015