As
Instâncias de Ser
As
instâncias de Ser colapsam-se nas formas que, necessariamente
acolhem a consciência de sí e ao adequarem-se à essas perspectivas
formais. conduzem à expressão existencial do Ser.
As
formas, portanto, preenchem os contornos e os limítes dimensionais
na qual as expectativas existenciais encontram as oportunidades de
expressão e criativa manifestação.
E são
os contornos e os limítes dimensionais, a gênese das instâncias
por onde o Ser transita nos movimentos de expressão criativa e
manifesta perspectiva existencial.
A
perspectiva existencial, por sua vez, entrelaça os contornos e os
limítes dentro das formas a constituírem a realidade na qual o Ser
enquanto para Sí, projeta as expectativas do Ser enquanto em Sí.
Sendo
potência enquanto em Sí, sendo potência de Sí, direciona o Ser
para além de Sí a perspectiva de vir a ser, construtora e
colapsadora de espaços constituintes de cada momentum dimensional no
qual as instâncias conformam suas instalações.
Essa
instalação formal escapa dos contornos e dos limítes sensoriais da
digressão racional de nossos estados de vigília mental. E nesse
escape cabem as inúmeras realidades existenciais que vibram em
acordo e sintonia com os respectivos princípios dimensionais, a
ondular, a moldar as instâncias nas quais o Ser conforma a
consciência de Sí.
A
consciência de Sí ao conformar-Se dentro de uma instância
dimensional sustêm a perspectiva espacial na qual é expressa a
realidade existencial.
Assim, a
existência de Ser é condição criativa dos mundos nas quais a
realidade molda as perspectivas dimensionais que definem as
instâncias de Ser.
O que
cabe à cada realidade dimensional independe das fronteiras
perceptuais do Ser enquanto para Sí e é justamente essa
independência a determinante factual da consciência de Sí.
Essa
determinante factual confere ao Ser a onipresença existencial que
escapa da consciência de Sí enquanto entrelaçada com as
perspectivas vibracionais das conformidades espaciais.
Ao
determinar uma perspectiva dimensional a identificação criativa do
Ser projeta de Sí o espaço no qual conforma a atualizada
expectativa (vir a ser) existencial e nessa projeção a
identificação e tão plena e completa que nesse espaço nada além
dessa plenitude cabe à consciência de Sí.
Assim
sendo, à consciência de Sí é alijada da possibilidade perceptual
da onipresença existencial que colore a realidade do Ser enquanto em
Sí.
As
instâncias de Ser configuram dentro da realidade existencial não
apenas o palco onde a consciência de Sí experimenta Seu próprio
potencial, mas também configuram a oportunidade única e
indispensável de espelhar os conhecimentos do Eu na esfera
expansionista da evolução da cosnciência enquanto para Sí.
Os
conhecimentos apreendidos fomentam a realidade dentro das
perspectivas dimensionais das instâncias de Ser e atualizam os
espaços nos quais a expectativa (vir a ser) existencial projeta a
consciência de Sí.
Os
processos nos quais as experiências do Ser se transformam em
informação atestam a ontológica circularidade da expressão
cósmica universal, pois que, essa transformação dá-se em função
de uma dinâmica na qual a “circulação” das frequências
mentais (substância) entrelaçam-se na absorção e digestão
(tradução) de cada conteúdo ou experiência dimensional.
Símbolos
míticos representam esse processo, como a imagem do “oroboros” a
fechar em sí, as possibilidades existenciais referentes à
específicas traduções dentro de uma esfera intencional.
Essa
circulação imprime a perspectiva cinética que caracteriza a
realidade cósmica e é o que configura a permeabilidade de toda a
expressão cósmica universal de maneira e modo a garantir a
interconectividade de todas as informações criativamente
expressadas dentro das instâncias existenciais.
É o
movimento o aglutinador e o dispersor de informações. É o
movimento o processador das informações que se modificam a todo o
instante, dentro de “n” realidades existenciais a um mesmo tempo
e momento, escalonando as experiências em conhecimentos que se
adequam à existências dentro de específicas perspectivas,
imantadas dentro da cada instância de Ser.
A
circularidade, portanto, é a gênese temporal, criando momento a
momento o colapso espacial onde encontram-se as habilidades
cognitivas da mente, devidamente aparelhadas com sistemas
codificadores que interpretam cada e toda informação dentro das
instâncias de Ser.
Na
esfera humana planetária terrena, as prerrogativas cinéticas que
configuram as informações disponíveis, hora movimentam-se em
circuitos fechados, quando a propiciar a transformação dessas
informações em conhecimento e, hora movimentam-se em circuitos
abertos, quando a propiciar a interconectividade e a permeabilidade
entre todas as experiências realizadas na esfera cósmica universal.
A
referida circulação da substância (frequências mentais), dentro
desses circuitos existênciais, configura em função do colapso
temporal, os ritmos ou pulsos nos quais a informação encontra as
oportunidades de digestão e absorção de cada conteúdo
disponibilizado em determinada esfera existencial.
É,
portanto, a informação com seu ritmo e pulso a determinante a
configurar a frequência a caracterizar cada instância dimensional
existencial.
A mente
com sua mobilidade ondulatória (pensamento), prospecta cosmicamente
os espaços nos quais sua prontidão circunstancial encontra
ressonância e afinidade existencial.
Essa
ressonância e afinidade existencial é traduzida para a
decodificação do entendimento e compreensão cognitiva conceptual.
Na
cinética perspectiva circular da realidade cósmica universal, a
dualidade na qual está configurado esse Universo (espaço),
configura sempre sua representação com um aspecto visível e com um
aspecto invisível ao olhar tridimensional da instância humana
existencial. Dessa forma é compreensível que, em verdade, está a
se manifestar a gênese circular da realidade cósmica universal,
pois que, ao ondular pelos espaços a substância (pensamento)
percorre sua rota integral, abrangendo ambos os aspectos: tanto
visível, como invisível, da realidade existencial.
A
circularidade participa da concepção ontológica da manifestação
cósmica e o entrelaçamento de tudo o que participa da perspectiva
de Ser, possui representação simbólica na figura do “oito
deitado”, corroborando nessa representação, a expressão
dimensional na qual essa informação é acessada.
Portanto,
os horizontes de evento nos quais a realidade encontra a oportunidade
de manifestação sensível à mente universal, é uma fronteira, uma
espécie de “terra sem dono”, entre o vísivel e o invisível. É
uma instância do Ser onde toda e qualquer diferenciação
encontra-se suspensa pela essência em Sí, encontra-se em
expectativa de tudo o que poderá em algum instante, momento (tempo),
vir a ser.
Na
conjectura dessa realidade aproximam-se da manifestação todas as
possibilidades e, afastam-se da manifestação todas as
impossibilidades. Essa condição confere a esse horizonte de eventos
o contato perceptual da mente universal com a expressão de Ser que
transcende as fronteiras frequenciais dos limítes dimensionais da
perspectiva física-material.
Na
esfera dessa transcendência o único agente perceptual possível de
existir é o que concebemos e denominamos de luz. Embora nosso
aparato corpóreo nos permita o acesso a uma estreita faixa da
perspectiva vibratória da luz, conseguimos auferir realidade
existencial de outras faixas de frequência de luz, pelos efeitos
incontesteis que promovem em nossa esfera perceptual.
Esses
efeitos representam na tradução dimensional capacitação à
comoção das prerrogativas racionais das referencias sensoriais da
mente individual.
Somente
o Ser enquanto para Sí possui as condições de individuação e é
esse processo que lhe confere a consciência de Sí, a perspectiva do
eu a conferir ciência de Sí, a delimitar fronteiras que
caracterizam os espaços que podemos denominar de mente individual.
A mente
individual é, portanto, a mais contundente expressão da abstração
perceptual do Ser em Sí em Sua criativa manifestação.
Essa
criativa manifestação é a responsável pela realidade existencial
das instâncias de Ser, no qual a Vida, ou seja, esse infinito
entrelaçamento de informações, precipita-Se rumo aos espaços nos
quais a mente configura sua realidade.
Essa
configuração acontece nos espaços sob a tutela do Ser em Sí e
acontece concomitantemente no tempo, sob a tutela do Ser para Sí.
Portanto,
o fluxo de Vontade enquanto pulsão de Vida separa em instâncias
existenciais perceptiveis à dualidade de Ser em Sí e de Ser para Sí
diferencia, descrimina e, por fim unifica a perspectiva dimensional
amparada nas instâncias dimensionais de Ser.
O que é
Uno e Múltiplo concomitantemente, ampara todas as possibilidades de
existência dentro das expectativas das instâncias de Ser.
Lis Maria
Camargo