Realidade
A
realidade é a representação fenomênica da expressão numinosa em
sua diversidade, na perspectiva passível de apreensão dos processos
de intelecção e compreensão senciente.
Esses
processos se referem a uma série de recursos gradualmente adquiridos
no transcorrer do caminho evolutivo da Consciência na dimensão
existencial de Ser.
A
dimensão existencial de Ser Humano, por sua vez, possui graduações
que são adquiridas à medida em que “fazer” passa a expressar a
representação do Ser na realidade objetiva da existência.
Nesse
sentido a real idade
existencial de Ser, enquanto representado nas ações que o definem e
identificam, moldam o colapso das possíveis experiências em Sua
dimensionalidade existencial.
Existem, portanto, ordens de
representação e percepção da realidade de Ser.
Essas ordens correspondem à expressão
das experiências vividas em “n” condições dimensionais, das
possibilidades humanas de Ser e Fazer.
Essas experiências multidimenionais
são ondas de potenciais possibilidades nas habilidades da
Consciência, na esfera de ser e existir.
Cada parâmetro existencial expressa
compreensão em determinadas ordens de representação.
Uma mesma vivência pode encontrar
diferentes ordens de representação existencial, em acordo e
sintonia com as respectivas realidades dimensionais que é capaz de
impressionar.
Diferentes perspectivas existenciais
compreendem e acolhem diferentes significados de uma mesma
representação dimensional fenomênica.
Diferentes perspectivas dimensionais
imprimem diferentes representações fenomênicas existenciais.
As ordens de representação da
realidade existencial da condição humana entelaçam-se em
perspectivas objetivas e subjetivas, de experiências de ordens
dimensionais mais materiais, tanto quanto, de ordens dimensionais
menos materiais,conjugando significados em cujo emaranhado
dimensional é expressa a complexidade das perspectivas
multidimensionais, da percepção e significação da habilidade
intelecto racional da condição humana atual.
As perspectivas evolutivas da condição
humana implicam em ordens, em cuja totalidade relacional, é
transcendida a condição determinista da perspectiva neuro quimica
cerebral.
Nessa transcendência são disparados
mecanismos na anatomia sútil da condição humana encarnada, que
habilitam a Consciência de Ser a experimentar e ancorar vivências
pessoais de uma ordem inusitada de realidade.
Ordem essa de difícil e muitas vezes
impossível representação, nas perspectivas existenciais da
funcionalidade tridimensional.
Apesar da dificuldade ou
impossibilidade de repreentação, a significação dessas
experiências contribuem para ampliar as perspectivas criativas
existenciais e interferem e transformam a realidade tridimensional da
condição humana de ser e existir.
Sob essa perspectiva a criatura
humana, com essas perspectivas ampliadas, atua em sua realidade de
Ser e Fazer, com níveis de Consciência que parecem inexistentes e
impossíveis de serem alcançados, por aqueles que ainda não
experimentaram essa transcendência.
A dificuldade de representação,
definição e descrição dessas vivências por meio da linguagem
articulada das palavras, torna essas realidades inacessíveis, à
racionalidade intelectual comum da tridimensionalidade operacional.
Em uma sociedade aonde a
intelectualidade é entronizada como a única possibilidade fidedigna
de compreensão e significação da realidade, toda essa gama de
vivencias transcendentais, fica legada ao ostracismo conceitual da
possibilidade de Ser e Fazer da condição humana.
Assim, encontra-se aprisionada dentro
de palavras e seus respectivos conceitos, a habilidade e a
possibilidade de transcendência da humana condição material da
realidade de Ser e Fazer, ancoradas nas perspectivas objetivas da
realidade física de existir, de grande parte da humanidade atual.
Lis Maria Camargo
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