quinta-feira, 24 de abril de 2014


O Intelecto. A Mente. A Consciência

 

Quando buscamos a compreensão daqueles temas que batem à porta de nossa curiosidade intelectual, oportunizamos os acessos à percepção de nós mesmos.

Essa percepção acontece em função da tônica multidimensional que define a nossa condição humana terrena.

Racionalmente olhamos para o que somos e o que estamos, em função do que pensamos não ser e ou do que pensamos não estar.

A multidimensionalidade existencial humana delineia as perspectivas pertinentes ao nosso estar, condição esta a determinar o foco de nossa intenção mental a configurar as possibilidades de percepção que almejamos alcançar.

Esse alcance sujeito está também, as condições de atenção que dispensamos as necessidades inerentes a cada um de nossos aspectos, estruturas de expressão humana.

É a tônica de nossa multidimensionalidade quem rege e coordena a devida atenção perceptual que consiguimos dirigir a cada um de nossos humanos aspectos existenciais.

Esses aspectos existenciais são denominados como corpos e ou receptáculos de expressão da Vontade.

Enquanto estamos humanos terrenos, são as manifestações desses corpos a determinar nosso apetite a aptidão a comprender quem  e o porque somos. 

Essas manifestações recebem suas respectivas e devidas atenções mentais, determinando com elas, o nível de percepção e acuidade dimensional solicitado no processo de compreensão.

Os aspectos existenciais que determinam nossa condição de seres multidimensionais, fornecem as perspectivas intelectuais pelas quais qualificamos e  gozamos a nossa existência como humanos terrenos. 

O desfrutar de nossa existência está, portanto, intimamente relacionado às condições que qualificam cada uma das experiências operantes na tecitura da trama de nosso viver.

O viver na condição humana terrena é o resultado do entrelaçamento de tudo que acreditamos ser, com tudo que oportuniza nosso estar.

As condições de nosso estar, estão vinculadas ao conhecimento do Ser que somos, embora sejam as expressões do Ser, desvinculadas das expectativas criadas pelo estar no mundo.

As expressões do Ser somente passam a serem percebidas pela nossa humana condição terrena, a partir de determinado e específico plano dimensional existencial e, é o acesso a esse respectivo plano o que determina as condições de conhecermos a nós mesmos.

Cada aspecto dimensional espera intelectualmente ser acessado, a fim de que suas solicitações existenciais sejam percebidas e compreendidas.

O acesso do intelecto à algumas dessas realidades dimensionais, acontece à margem das expectativas e diretrizes racionalmente estabelecidas, pois que é o intelecto um codificador e decodificador dessas realidades.

O intelecto recebe a mensagem e processa informação.

Esse processo acontece às margens da razão e pode ser acessado através de métodos e práticas meditativas.

As perspectivas de quem Somos é pois,  determinante na qualificação existencial de nossa humana condição e, é por essa qualificação que deflagramos as superações que essa condição nos propõe.

A curiosidade intelectual é um concurso volitivo inerente às estratégias da mente humana e, deve ser recepcionada com a deferência própria dos desígneos do Ser.

Os apetites do Estar são sempre coerentes com as perspectivas dimensionais, nas quais a Consciência de Ser experimenta seus interêsses existenciais.

Esses apetites e interêsses são absolutamente pessoais,  não podem ser transferidos e ou doados sob nenhuma circustância.

São esses apetites e interêsses indisfarçáveis à atenção mental e,  transparecem nas afirmações e ou, negações proferidas pela pessoalidade.

É a Consciência quem focaliza a acuidade mental, própria de cada realidade dimensional e, a Seus olhos desnudam-se todos os apetites e todos os interêsses pessoais.

Acolher e compreender a cerca desses interêsses e apetites é próprio de determinados estágios da Consciência humana, enquanto Está existindo, assim como negar e rechaçar esses interêsses e apetites, igualmente é próprio de determinados estágios da Consciência humana, enquanto Está existindo.

A Mente como veículo da Consciência derroga a Sí a prerrogativa de qualificar a matéria apta recepcionar as Suas intenções e, segue um comando na maioria das vezes, imperceptível ao Intelecto e seus desígneos racionais.  

Lis Maria Camargo

14-04-14

 

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