O Intelecto. A Mente. A
Consciência
Quando buscamos a
compreensão daqueles temas que batem à porta de nossa curiosidade intelectual,
oportunizamos os acessos à percepção de nós mesmos.
Essa percepção acontece em
função da tônica multidimensional que define a nossa condição humana terrena.
Racionalmente olhamos para o
que somos e o que estamos, em função do que pensamos não ser e ou do que
pensamos não estar.
A multidimensionalidade
existencial humana delineia as perspectivas pertinentes ao nosso estar,
condição esta a determinar o foco de nossa intenção mental a configurar as
possibilidades de percepção que almejamos alcançar.
Esse alcance sujeito está
também, as condições de atenção que dispensamos as necessidades inerentes a
cada um de nossos aspectos, estruturas de expressão humana.
É a tônica de nossa
multidimensionalidade quem rege e coordena a devida atenção perceptual que consiguimos
dirigir a cada um de nossos humanos aspectos existenciais.
Esses aspectos existenciais
são denominados como corpos e ou receptáculos de expressão da Vontade.
Enquanto estamos humanos
terrenos, são as manifestações desses corpos a determinar nosso apetite a
aptidão a comprender quem e o porque
somos.
Essas manifestações recebem
suas respectivas e devidas atenções mentais, determinando com elas, o nível de
percepção e acuidade dimensional solicitado no processo de compreensão.
Os aspectos existenciais que
determinam nossa condição de seres multidimensionais, fornecem as perspectivas
intelectuais pelas quais qualificamos e
gozamos a nossa existência como humanos terrenos.
O desfrutar de nossa
existência está, portanto, intimamente relacionado às condições que qualificam
cada uma das experiências operantes na tecitura da trama de nosso viver.
O viver na condição humana
terrena é o resultado do entrelaçamento de tudo que acreditamos ser, com tudo
que oportuniza nosso estar.
As condições de nosso estar,
estão vinculadas ao conhecimento do Ser que somos, embora sejam as expressões
do Ser, desvinculadas das expectativas criadas pelo estar no mundo.
As expressões do Ser somente
passam a serem percebidas pela nossa humana condição terrena, a partir de
determinado e específico plano dimensional existencial e, é o acesso a esse
respectivo plano o que determina as condições de conhecermos a nós mesmos.
Cada aspecto dimensional
espera intelectualmente ser acessado, a fim de que suas solicitações
existenciais sejam percebidas e compreendidas.
O acesso do intelecto à
algumas dessas realidades dimensionais, acontece à margem das expectativas e
diretrizes racionalmente estabelecidas, pois que é o intelecto um codificador e
decodificador dessas realidades.
O intelecto recebe a
mensagem e processa informação.
Esse processo acontece às
margens da razão e pode ser acessado através de métodos e práticas meditativas.
As perspectivas de quem
Somos é pois, determinante na
qualificação existencial de nossa humana condição e, é por essa qualificação
que deflagramos as superações que essa condição nos propõe.
A curiosidade intelectual é
um concurso volitivo inerente às estratégias da mente humana e, deve ser
recepcionada com a deferência própria dos desígneos do Ser.
Os apetites do Estar são
sempre coerentes com as perspectivas dimensionais, nas quais a Consciência de
Ser experimenta seus interêsses existenciais.
Esses apetites e interêsses
são absolutamente pessoais, não podem
ser transferidos e ou doados sob nenhuma circustância.
São esses apetites e
interêsses indisfarçáveis à atenção mental e, transparecem nas afirmações e ou, negações
proferidas pela pessoalidade.
É a Consciência quem
focaliza a acuidade mental, própria de cada realidade dimensional e, a Seus
olhos desnudam-se todos os apetites e todos os interêsses pessoais.
Acolher e compreender a
cerca desses interêsses e apetites é próprio de determinados estágios da
Consciência humana, enquanto Está existindo, assim como negar e rechaçar esses
interêsses e apetites, igualmente é próprio de determinados estágios da
Consciência humana, enquanto Está existindo.
A Mente como veículo da
Consciência derroga a Sí a prerrogativa de qualificar a matéria apta
recepcionar as Suas intenções e, segue um comando na maioria das vezes,
imperceptível ao Intelecto e seus desígneos racionais.
Lis Maria Camargo
14-04-14
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